SÃO TIPOS DE CIRURGIAS REVOLUCIONÁRIAS
“Eu estava pedindo para morrer, pois não aguentava mais a dor”
declara paciente com hérnia de disco na lombar antes de se submeter a cirurgia
Doenças crônicas na coluna cervical são as mais comuns no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 85% da população mundial sofre com dores na coluna. Há diversas doenças que podem acometer a coluna cervical, provocando compressões das estruturas nervosas e consequências, como dores intensas que muitas vezes irradiam para os membros, formigamento, dificuldade para realizar movimentos, entre outros sintomas.
Um dos casos mais comuns é a hérnia de disco na lombar. A coluna lombar é uma estrutura complexa que conecta a parte superior do corpo à parte inferior através da coluna vertebral. É uma região que suporta a maior carga entre as vértebras, por isso é o segmento mais acometido de toda a coluna vertebral.
Normalmente, o tratamento mais indicado para a hérnia de disco lombar são repouso e fisioterapia, mas em alguns casos é necessário o procedimento cirúrgico. Foi o que aconteceu com o empresário Hugo Matos. Diagnosticado há quatro anos com hérnia de disco na região lombar, ele fez o tratamento com fisioterapia, fortalecimento e após a recuperação da primeira crise voltou a ter uma vida mais ativa e, em alguns anos, já tinha retomado todas as atividades físicas que gostava de praticar. Porém dentro do quadro clínico dele, a hérnia ao invés de se estabelecer e estar se curando, foi aumentando de tamanho enquanto ele não sentia mais dor e, em 2019 Hugo teve uma crise severa que o deixou internado por dois dias com dores tão fortes que irradiavam com uma descarga de choque nos nervos da perna. Matos não queria operar por medo da cirurgia e de perder a mobilidade, mas quando se viu que ele classifica como um dor além do insuportável, optou por operar a coluna. “Era uma dor que eu não conseguia classificar de zero a dez,
era alucinante, totalmente desu-mano. Naquele nível de dor eu falava para os enfermeiros que eu só queria que eles me dessem algo para desmaiar, eu estava pedindo para morrer, eu não aguentava mais a dor”, conta.
A resistência dos pacientes em fazer a cirurgia, muitas vezes, faz com que eles tenham uma piora gradativa da doença. Com as atualizações médicas, as cirurgias hoje não são tão invasivas e devolvem ao paciente sua total mobilidade, como explica Dr. Marcelo Perocco, neurocirurgião especialista em coluna. “Os métodos de descompressão da estrutura nervosa e a substituição de disco cervical por um disco artificial oferecem diversos benefícios para o paciente, como uma recuperação mais ágil e garantia de uma vida sem restrições de mobilidade”. De acordo com o especialista, “essa última abordagem consiste em uma técnica moderna que preserva o movimento e apresenta resultados muito bons. O objetivo é aliviar a pressão sobre os nervos e/ou da medula espinhal e restabelecer a estabilidade e o alinhamento da coluna vertebral após o disco danificado ter sido removido, preservando os movimentos habituais da coluna.”
Esse foi o tipo de cirurgia que o empresário Hugo realizou e oito dias após a cirurgia ele afirma: “cada dia é uma mudança drástica, nas horas seguintes da cirurgia eu não sentia mais nenhuma dor”. A falta de conhecimento ou o medo infundado faz com que a procura por um especialista seja tardia, quando o problema já está grave. ”A dor é um sinal de alerta, pode ser apenas uma dor lombar, mas às vezes é uma manifestação de uma doença grave. O dentro de um hospital com descargas elétricas ideal é procurar ajuda médica sempre e não se nos nervos que duravam cerca de segundos automedicar”, alerta Perocco.
Dr. Marcelo Perocco
Neurocirurgião especialista em microcirurgia de coluna